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Entrevista | Gean Loureiro declara apoio irrestrito a Topázio Neto e diz estar articulando para 2024

Por: Marcos Schettini
06/06/2023 10:47
Arquivo/Lê Notícias

Ex-prefeito de Florianópolis reeleito, Gean Loureiro decidiu renunciar ao cargo para disputar a eleição ao Governo do Estado em 2022. Saiu de um cenário de vitorioso em primeiro turno na capital para um amargo quarto lugar na eleição estadual.

Agora, afirmando-se mais maduro, Gean Loureiro concedeu entrevista exclusiva ao jornalista Marcos Schettini e falou que não se arrepende do projeto desenhado, porém aponta alguns fatores determinantes na eleição passada, que elegeu Jorginho Mello governador.

Também, comentou sobre sua aliança com o prefeito Topázio Neto, no qual definiu como “meu candidato”, afirmando confiar na capacidade política e administrativa do prefeito da capital. Ainda, avaliou a gestão com nota máxima. “Tem dialogado com a sociedade de maneira limpa e propositiva”, analisou, afirmando que deve ir à Austrália estudar Administração e aperfeiçoar o inglês durante três meses. Confira:


Marcos Schettini: O Sr. se arrepende de ter disputado a eleição em 2022?

Gean Loureiro: Eu não me arrependo. Foi um projeto político bem discutido com o grupo, construído a várias mãos. O momento também era aquele: vindo de uma reeleição histórica em primeiro turno em Florianópolis. Agora, na eleição existe um vencedor, sempre foi assim. Há vários fatores, inclusive externos, que influenciaram. Parabéns para o vencedor.


Schettini: O custo não é muito alto ficar fora do poder por quatro anos?

Gean: Para alguém cujo projeto é apenas o poder, talvez sim. Quando deixei a prefeitura para disputar a eleição estadual, eu estava pronto para ganhar ou não vencer. Deixei a cidade em boas mãos, em pessoas que confio e que estão fazendo um ótimo trabalho. Você precisa deixar um legado, uma entrega, e não correr atrás do poder apenas pelo poder. Tudo no seu tempo.


Schettini: O Sr. já tomou posição para apoiar o prefeito Topázio Neto. Quais serão suas ações para demonstrar isso?

Gean: Sim, o Topázio é o meu candidato. Eu o trouxe para a vida política porque confio na capacidade política e administrativa dele. Não tem como ser diferente: o governo dele nasce do meu porque é o mesmo. Com a liderança dele, agora, com as pessoas que ele escolheu e aquelas que já estavam.


Schettini: Declarar apoio ao prefeito Topázio Neto precisa ter estratégias. O que o Sr. fará?

Gean: Já declarei várias vezes o apoio, mas sinto que nem precisaria. É algo natural. Já estamos trabalhando politicamente nas articulações para 2024.


Schettini: Passar três meses na Austrália para aprender inglês significa o quê?

Gean: Na verdade, eu vou fazer curso de administração e com isso já aproveito para avançar no meu inglês. Devemos nos perguntar sempre se estamos acomodados ou se estamos buscando aprender mais. O mundo tá mudando muito rápido, vem aí uma nova era da inteligência artificial e eu não sou de ficar para trás.

Schettini: Qual sua avaliação do governo Jorginho Mello?

Gean: Acho que as pessoas é que precisam fazer essa avaliação. Pessoalmente, acho cedo para avaliar. Torço apenas que dê certo, porque é o nosso Estado.


Schettini: O governo Lula da Silva repassou mais recursos a SC que Jair Bolsonaro em quatro anos. O Brasil mudou?

Gean: Penso que é cedo para essa avaliação. Mas acho que as pessoas, dos dois lados, precisam deixar a eleição para trás e discutir o país.


Schettini: O extremismo bolsonarista derrubou o debate político e os interesses do Estado. 2024 não é o momento de sarar estas chagas?

Gean: Acho que qualquer extremismo é ruim e provoca regresso. Precisamos amadurecer os debates. Infelizmente, nos primeiros meses deste ano, continuamos vendo muita discussão vazia e teatral.


Schettini: A PL das Fakes vai derrubar a força que os bolsonaristas tem nas redes sociais. O Sr. é a favor ou contra?

Gean: Acho que temos que discutir os limites das redes sociais, sim. Mas não me sinto seguro de afirmar que esse é o melhor projeto. Creio que devemos discutir mais, principalmente com as plataformas de tecnologia. Tenho receio que pessoas que não entendem do assunto estejam decidindo isso.


Schettini: Qual a nota que o Sr. dá ao governo Topázio? O que ele diferencia do seu modelo?

Gean: Eu dou nota máxima. Ele tem seguido com os projetos que deixei em andamento e criado novos. Tem dialogado com a sociedade de maneira limpa e propositiva.


Schettini: Qual a estratégia do União Brasil para o ano que vem e em quais municípios o partido vai disputar a eleição?

Gean: Estamos nessa construção. O União Brasil segue sendo um partido forte, com um dos maiores tempos de televisão e em plena ascensão.

Schettini: Quem é Gean Loureiro em 2023 e qual é seu destino político?

Gean: É um Gean mais maduro, que sabe que há o tempo para tudo na política. Estou sempre em processo de aprendizagem e o meu destino vai depender do caminho que eu for trilhando em grupo. Sozinho não chegamos muito longe.


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